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Turismo, inclusão e sustentabilidade em debate na Rio+20

Essa é uma publicação do blog Turismo Adaptado, de onde venho acessando informações para publicar aqui no Nós na Cidade – Cultura Acessível. E como não falar do Rio +20?

O Turismo cultural inclusivo no contexto da sustentabilidade foi o assunto do ciclo de palestras realizado na última quarta-feira, 13 de junho, na Arena da Barra. Gratuito, o evento teve tradução simultânea para inglês e espanhol, audiodescrição, legenda em tempo real e Libras – a linguagem de sinais.

A primeira mesa discutiu a criação de uma rede de acessibilidade em museus. Para a museóloga Isabel Portela, uma das debatedoras do tema, “o turismo cultural inclusivo vem abrir mais um caminho para o Rio”. Durante o debate foram discutidas questões de acessibilidade no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) e os encontros multissensoriais realizados no Museu de Arte Moderna (MAM).

Durante uma das palestras foi sugerido que os eventos passem a ter interpretações para outros idiomas em linguagem de sinais. “Estamos inaugurando essa modalidade durante a Rio+20, a partir de agora, quem vier depois terá que fazer melhor”, destacou Isabel Portela.

A acessibilidade em museus e sítios tombados pelo patrimônio foi outro tema discutido. “Fazer uma calçada para um arquiteto parecia fácil, agora temos que reaprender a fazer modelos para todos”, ressaltou a coordenadora de acessibilidade e inclusão social do CNO da Rio+20, Márcia Adorno.

O evento foi organizado por profissionais do Núcleo pró-acesso da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Copa for All termina com o consenso de que se tem muito a fazer ainda

Com o incentivo do slogan “Juntos num só ritmo”,  o primeiro Encontro Copa For All foi encerrado no ultimo dia 13, no Teatro Vivo em São Paulo. Durante três dias, autoridades e membros da sociedade civil estiveram reunidos para levantar o que ainda se tem a fazer para uma boa receptividade na Copa 2014.

“Há muito o que se fazer. Este evento é o início. Precisamos fomentar tecnologia no Brasil, criar um grupo que trabalhe com inovações para pessoas com deficiência. Usar a criatividade brasileira para criar facilidades tecnológicas. Tem muita área para ser explorada, aliás, é um mundo que se tem pela frente”, afirmou o diretor da Instituto de Tecnologia de Software  – ITS, Jaime Stabel.

Para o consultor de acessibilidade e especialista em Turismo Adaptado, Ricardo Shimosakai, chegar bem, no ponto ideal em 2014 é difícil.

“Mas, é uma hora de se aproveitar isso. Até porque são obrigações que a Fifa coloca. Temos que ver a Copa, Olimpíadas e Paraolimpíadas como  um evento só chamado Brasil”, diz Ricardo.

Já em relação a outros países, ele afirma que nos falta atitudes.

“Tem bilheteria para pessoas com deficiência, mas não tem ninguém atendendo lá. É um conjunto de coisas. Muito sem fala em relação a estrutura física e pouco se fala em atitudes”.

O especialista informa que há muitas coisas pra se criar ainda, que facilite a vida das pessoas com deficiência.

“por exemplo, como se acorda um surdo nos hotéis?”, indagou.

Neste sentido a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis – ABH está criando um selo junto com a ABNT para classificar e aprimorar os quesitos acessibilidade e desenho universal na rede hoteleira.

O presidente da ABH do estado de São Paulo, Bruno Hideo Omori diz que a maior dificuldade hoje é uma integração real entre governo, empresários e sociedade civil. Sem esta união fica inviável. Uma das iniciativas para incentivar esta união é a Câmara temática para desenvolver o turismo em São Paulo, que conta com a integração das ações do governo e trade turístico e Fifa.

“Além dessas ações, o que pretendemos é qualificar e certificar  mão de obra, melhorar e ampliar as instalações turísticas, centro de treinamento e seleções, também para empregar as pessoas com deficiência”. (Bruno Hideo Omori)

E, por fim, para os criadores e TIs de plantão,  a operadora Vivo está receptiva para novos aplicativos, que colaborem com o bem viver das pessoas com deficiência. Na ocasião foram apresentados alguns aplicativos já existentes como: Greengars, Saytext, Talking tag, Look tel’s readers, entre outros, mas segundo o representante da Vivo, José Lecy Costa,

“Tem muita coisa a se criar ainda no Designer universal, que é a forma de pensar produtos e serviços que leva em consideração a diversidade humana”, informou, dizendo ainda que a nossa aptidão para aproveitar a vida, porém, só dependerá da acessibilidade.

Entre os palestrantes do evento, também estiveram o  Arquiteto do Estádio Beira-Rio (Porto Alegre), Fernando Balvedi, a Presidenta do Vivendo sem Barreiras (VSB), Iremar Cappellinne Masano, o Diretor da Turismo Adaptado, Ricardo Shimosakai, o Presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis(ABIH), Bruno Hideo, a Secretária Executiva da Comissão Permanente de Acessibilidade da Prefeitura de São Paulo, Silvana Cambiaghi e o Arquiteto do Estádio Nacional Mané Garricha, Eduardo Castro Melo.

O primeiro debate brasileiro com foco na acessibilidade da Copa 2014 e Olimpíadas 2016

O Brasil está prestes a realizar dois dos maiores eventos esportivos do planeta. Doze estádios estão sendo construídos para a Copa de 2014. Aeroportos e portos, reformados. Centenas de hotéis implantados e reformados. Obras de mobilidade urbana se espalham por todas as cidades. São mais de R$ 20 bilhões em obras de infraestrutura e telecomunicações. Mas será que essas obras estarão acessíveis para todos os públicos?

O Brasil possui mais de 4,6 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência. São pessoas com dificuldades de locomoção, auditiva, visual dentre tantas outras. O que está sendo planejando para atender essa demanda de consumidores e milhares de turistas que precisarão de uma atenção especial? Quais os planos brasileiros nas áreas de tecnologia e inovação para atender essa crescente demanda?

Para debater essas e outras questões, exatamente há dois anos da Copa de 2014, foi elaborado o primeiro debate brasileiro com foco na acessibilidade da Copa 2014 e Olimpíadas 2016. O tema “Turismo e Hotelaria: Como atrair as pessoas com deficiência” será debatido no dia 13 de junho a partir das 9h30.

Dentre os participantes da mesa estarão Gastão Dias Vieira (Ministro do Turismo), Nelson de Abreu Pinto (Presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares), Iremar Masano (Presidente da VSB – Vivendo sem Barreiras), Ricardo Shimosakai (Diretor da Turismo Adaptado), Bruno Hideo (Presidente da ABIH – Associação Brasileira da Indústria de Hotéis) e Rodrigo Rosso como coordenador da mesa.

Organizado pelo ITS e a Mandarim Comunicação com o apoio da ABRIDEF, Portal 2014 e da Revista Reação o evento “Copa for All” reunirá de 11 a 13 de junho, as principais autoridades públicas e privadas para debaterem todas essas questões. Como adequar nossas instalações turísticas, esportivas e de mobilidade para que todos possam participar do maior evento do planeta. O evento será realizado no Teatro Vivo, localizado à Av, Chucri Zaindan, 860 – Morumbi.