Arquivo mensal: julho 2012

Audiência pública debate acessibilidade em pontos turísticos de Salvador

A acessibilidade urbanística, arquitetônica e de serviços, principalmente nas áreas turísticas da cidade, foi discutida no dia 19 de julho, no Centro Cultural da Câmara Municipal de Salvador. O evento contou com a participação de representantes de entidades civis e de órgãos públicos, que falaram sobre as necessidades das pessoas com deficiência, além das ações e projetos para melhorar a acessibilidade dos moradores e turistas que visitarão a capital baiana, com destaque para o período da Copa do Mundo de 2014.

 Durante a audiência, os legados que vão ser deixados depois da Copa, em especial no que diz respeito à acessibilidade, foram tratados pelas autoridades que enfatizaram também a importância da melhoria da infraestrutura da cidade, a exemplo de portos, aeroportos e rodoviárias e da prestação de serviços.

Esperamos que esse seja um dos maiores legados da Copa, acessibilidade urbanística, arquitetônica e de comunicação dentre outras melhorias, comentou a diretora de Acessibilidade e Políticas Públicas da Secretária da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH), Marília Cavalcante.

As ações implementadas na melhoria dos pontos turísticos de Salvador e dos principais destinos baianos, e a qualificação do receptivo foram expostas por Cássia Magalhães, superintendente de Serviços Turísticos da Secretaria de Turismo do Estado (Setur). Estamos trabalhando a acessibilidade em todas as nossas obras e em nossas capacitações, a exemplo da obra em São Joaquim, afirmou Magalhães.

Outro projeto que vem ganhando bastante destaque é o dos Guias e Monitores do Carnaval, que atuam no receptivo turístico em aeroportos, portos, rodoviária, ferry-boat e no circuito da folia. No Carnaval 2012, 15 profissionais realizaram atendimento na Língua Brasileira de Sinais (Libras) e um cadeirante atendeu a baianos e turistas para falar da acessibilidade nos circuitos da festa e na cidade como um todo.

A audiência pública contou também com a participação de representantes da Empresa Salvador Turismo (Saltur), Secretaria Estadual para Assuntos da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014 (Secopa), Ministério Público, Câmara Municipal e da militante de pessoas com deficiência, Mariza Melo.

Fonte: Secretaria do Turismo.

Papo Solar: Acessibilidade no Espaço da Cena

Acessibilidade no Espaço da Cena

O tema será debatido na programação de aniversário do Cine Teatro Solar Boa Vista

No Brasil, de acordo com o Censo (IBGE, 2010), vivem cerca de 45 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência, dos quais 18,8% dos brasileiros têm dificuldade para enxergar ou são cegos em absoluto, 5% são deficientes auditivos, 7% possuem deficiência motora e 1,4% possuem deficiência mental. E quanto mais velha vai ficando a população do país, maiores serão estas porcentagens.

As pessoas com deficiência passaram a ter espaço social mais efetivo a partir dos anos 1990, quando surgiram leis de acessibilidade e reserva de vagas no mercado de trabalho. Contudo, existe uma grande carência no que tange ao acesso desses brasileiros à cultura, ao mercado de trabalho e ao consumo.

É com o objetivo de sensibilizar, debater e propor algumas possibilidades para diluir essas barreiras atitudinais e arquitetônicas que o Cine-Teatro Solar Boa Vista e o Projeto Perspectivas em Movimento realizam na próxima segunda-feira dia 16/07 às 15 horas o Papo Solar: Acessibilidade no Espaço da Cena.

A programação constará de dois momentos: o primeiro com uma mesa, seguida de debates, envolvendo os seguintes temas: Acessibilidade Atitudinal, Acessibilidade Comunicacional, Acessibilidade Arquitetônica e Políticas Públicas para artistas com deficiência. E a segunda parte do evento será recheado de experiências de artistas e diretores que criam e produzem cultura nessa área.

Serviço

O que: Papo Solar – Acessibilidade no Espaço da Cena

Quando: 16/07/2012 as 15 horas

Onde: Cine Teatro Solar Boa Vista (Brotas)

Maiores informações:

(71) 3357.1824 / 8744.2378 / 8104.8884 – Ninfa Cunha

(71) 3395.4251 / 8773.4182 – Antônio Pereira

E-mail: perspectivasemmovimento@gmail.com

O Teatro Solar Boa Vista está fazendo aniversário, acompanhe a programação dos eventos comemorativos no Blog do Solar.

Censo: novos dados sobre as pessoas com deficiência

 Praticamente um quarto da população brasileira tem pelo menos um tipo de deficiência visual, auditiva, motora ou intelectual, num total de 45 milhões de pessoas. O número equivale a 24% dos 190 milhões de habitantes do País. A constatação faz parte do Censo 2010 e foi divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A metodologia da pesquisa foi baseada na seguinte pergunta: “você tem dificuldade de…?”. A partir deste questionamento foi feita a captação da possível deficiência dos entrevistados e o respectivo grau de severidade. Não entraram na conta, por exemplo, quem usa óculos para ler um livro ou dirigir, já que está apto a fazer tais atividades.

A deficiência visual foi a mais citada: 18,8% dos brasileiros têm dificuldade para enxergar ou são cegos em absoluto. Os deficientes auditivos correspondem a 5%, enquanto os motores são 7% e mentais, 1,4%. Na separação por sexos, 21% dos homens têm algumas das dificuldades citadas, enquanto as mulheres registram índice maior: 27%. “Como a mortalidade dos homens é mais alta, então você encontra mais mulheres em idade avançada com algum tipo de deficiência”, afirma Andréa Borges.

Ainda de acordo com a pesquisa, a primeira curva do gráfico das deficiências se faz clara aos 10 anos de idade, no período em que a percepção das dificuldades, sejam motoras, auditivas, mentais ou visuais, se tornam mais claras com o avanço na vida escolar. Do 0 aos 14 anos, 7,5% dos brasileiros apresentaram algum tipo de deficiência. Dos 15 aos 64 anos, 25% responderam que tinham pelo menos uma das dificuldades cotidianas citadas. Já entre os que têm idade avançada, a partir dos 65 anos, este número mais que dobra: 68%.

Estados e Raças

Dos que se declararam de alguma forma incapacitados, a grande maioria vive nas áreas urbanas do País: 38 milhões de pessoas. Nas zonas rurais são sete milhões. Segundo as regiões, a maior presença de deficientes está no Nordeste. No Rio Grande do Norte, por exemplo, constatou-se que, em 12% dos municípios, 35% dos investigados têm pelo menos uma das limitações colocadas na pesquisa. O Distrito Federal, por outro lado, tem 23%.

Em relação à cor ou raça, a maior taxa dos entrevistados com algum tipo de deficiência está entre os que se definiram como pretos e amarelos, ambos com 27%. A população branca têm 23,5%, enquanto os indígenas apresentaram um número menor: 20%. “Os índios foram os que menos reclamaram de deficiência visual, por exemplo, o que evidencia que o contexto em que eles vivem pode não exigir muito deles nesse sentido”, complementa a coordenadora do IBGE.

 Mercado de trabalho

Na questão da força de trabalho e das condições para exercê-lo, observou-se que a deficiência intelectual é ainda a maior barreira para os que pretendem ingressar no mercado, tanto para a população masculina, quanto para a feminina, seguida pela deficiência motora.

A taxa de ocupação dos investigados, no entanto, varia pouco entre os que responderam ter ou não alguma incapacidade. Entre os que têm 10 anos ou mais de idade, 46% dos que se declararam com algum tipo de deficiência estão ocupados. O número entre os que não se consideram deficientes não é muito maior: 53%.

Essa é uma publicação do site Terra, mas você pode acompanhar essa reportagem e muitas outras, que foram criadas de forma bem descontraída no blog Assim como Você, que além desses, traz outros dados divulgados pelo IBGE sobre as pessoas com deficiência.

Ouvir o Documentário

O Seminário Internacional Ouvir o documentário: música, vozes e ruídos tem como objetivo principal contribuir para a pesquisa e para a reflexão acerca de questões comunicacionais, técnicas e estéticas relativas aos aspectos sonoros dos documentários. Ao privilegiar a análise de tais elementos, visa, igualmente, suprir uma lacuna importante da produção acadêmica recente sobre os documentários, que notadamente tem privilegiado a análise de seus elementos visuais.Idealizado em parceria entre a Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA), busca intensificar o trânsito interdisciplinar e interinstitucional entre as Universidades, contribuindo para as estratégias de descentralização da produção e reflexão acadêmica, ao propor a realização das atividades do encontro nas cidades de Cachoeira e de Salvador, respectivamente no Centro de Artes, Humanidades e Letras (UFRB) e na Faculdade de Comunicação (UFBA). Simultaneamente, o evento objetiva o intercâmbio entre pesquisadores de outras instituições de ensino e pesquisa nacionais e internacionais que se dediquem ao estudo da temática, atuando, assim, para a ampliação do campo do conhecimento sobre aspectos sonoros dos produtos audiovisuais.A proposta do Seminário Internacional Ouvir o documentário: música, vozes e ruídos se vê vinculada a um contexto de diálogos multidisciplinares, em que se espera que a imbricação entre as áreas de cinema, televisão e música se constitua enquanto objeto de reflexão.

viaOuvir o Documentário.

Você sabe o que é audiodescrição?

Imagem: desenho de siluetas escuras sobre fundo em tons de cinza unidas lado a lado, simbolizando a diversidade através da imagem que intercala: três homens, duas mulheres e dois cadeirantes, um em cada ponta, representando as pessoas com deficiência.

Vídeo fala de forma simples e com exemplo prático O Que É Audiodescrição.

Em uma matéria do SBT publicada no Blog da Audiodescrição ficamos sabendo quem foi o responsável por trazer a audiodescrição para Brasil, o empresário Maurício Santana, que em 2007 investiu R$ 60 mil em equipamentos, para possibilitar com essa tecnologia já difundida no Estados Unidos e na Europa que vários deficientes visuais retornassem as salas de cinema em nosso país.

Publicada portaria que altera cronograma de legenda oculta na televisão

O objetivo é evitar que as emissoras concentrem na madrugada os programas com acessibilidade e garantir que mais cidadãos possam ser beneficiados.

Brasília, 29/06/2012 – Os deficientes auditivos que contam com a legenda oculta (closed caption) na hora de ver TV ganharão mais tempo de programação com esse recurso. Em portaria publicada no ultimo dia 29/06, o Ministério das Comunicações dá às emissoras a opção de adiantarem o cronograma estabelecido pela norma complementar nº 01/2006, que trata dos recursos de acessibilidade. Agora, as empresas poderão veicular, já a partir deste ano, quase a mesma quantidade de programação com legenda oculta prevista para 2014.

De acordo com a norma da acessibilidade, a obrigação das emissoras para 2012 era a de veicular no mínimo seis horas de programação com legendas ocultas no horário entre 6h e 14h, e outras seis horas distribuídas entre 18h e 2h. Isso significa que a programação do período da tarde não contava com as legendas.

Com a nova alternativa, as emissoras que já estiverem preparadas para adiantar o cronograma poderão veicular no mínimo 112 horas semanais com o recurso, distribuídas durante todo o dia de acordo com o critério da emissora. A única regra é que haja, no máximo, duas horas diárias veiculadas entre 2h e 6h. O objetivo é evitar que as emissoras concentrem na madrugada os programas com acessibilidade e garantir que mais cidadãos possam ser beneficiados.

“Entendemos que, no período da tarde, também há pessoas com deficiência que têm interesse no recurso da legenda oculta. Com a mudança, contemplamos uma parte significativa da população e avançamos no sentido de ter mais horas com legenda oculta em toda a programação”, afirma o diretor do Departamento de Acompanhamento e Avaliação dos Serviços de Comunicação Eletrônica do MiniCom, Octavio Pieranti.

Segundo o diretor, a portaria representa praticamente a antecipação da meta de 2014. Lá, também serão 16 horas por dia de programação com legenda oculta. A diferença é que, em 2014, o período da madrugada será completamente excluído. Pieranti explica que o cronograma começou a traçar obrigações progressivas para as emissoras a partir de 2008, com no mínimo duas horas de programação com os recursos de acessibilidade – que incluem também a audiodescrição, a dublagem e a libras.

No início, a ideia era garantir primordialmente a cobertura dos horários de maior interesse da população, ou seja, o período da amanhã e o chamado horário nobre, à noite. A partir daí, as obrigações foram evoluindo.

A meta do Ministério das Comunicações é chegar, em 2017, a uma programação com acessibilidade 24 horas por dia.

Acesse aqui a íntegra da portaria que antecipa o cronograma de acessibilidade na TV aberta.

Portaria Mc 312 – altera cronograma de legenda oculta na TV

Ministério das Comunicações
PORTARIA Nº 312, DE 26 DE JUNHO DE 2012

Altera texto do item 7.1 da Norma Complementar nº1/2006, estabelecendo valor mínimo de horas para veiculação obrigatória do recurso de legenda oculta para emissoras do serviço de sons e imagens e de retransmissão de televisão.

O MINISTRO DE ESTADO DAS COMUNICAÇÕES, no uso da atribuição que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição Federal, resolve:

Art. 1º O item 7.1 da Norma Complementar nº 1/2006, aprovada pela Portaria nº 310, de 27 de junho de 2006, passa a vigorar com a seguinte redação:

(…)

7.1.1. No tocante ao recurso de legenda oculta, a obrigação de que trata o item 7.1, “e”, poderá ser substituída, a critério da emissora, pela veiculação de, no mínimo, 112 horas semanais, das quais, para efeito de contabilização, no máximo 2 horas diárias veiculadas entre as 2 e as 6 horas.

Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

PAULO BERNARDO SILVA
Ministro das Comunicações

Senado aprova criação da Bolsa Artista

Essa é uma notícia do Bahia Notícias e que apesar de não falar de acessibilidade cabe muito bem ao blog por se tratar da inclusão da classe artística nos programas de assistencialismo do governo, ou não.

A Comissão de Educação do Senado aprovou, nesta terça-feira (3), o projeto de lei que institui a chamada Bolsa Artista, que dará direito a bolsas de estudo a artistas amadores e profissionais. A matéria segue para a apreciação na Câmara. A proposta é conceder uma ajuda financeira, bancada pelo Ministério da Cultura, para a formação profissional em áreas como artes literárias, musicais, cênicas, visuais e audiovisuais. A concessão será prioritária aos artistas em processo de formação, “com ênfase ao pluralismo de ideias e à preservação da diversidade cultural”, segundo o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), autor do projeto de lei. A idade mínima para o beneficiário é de 12 anos. A Bolsa Artista será concedida por um ano, em 12 parcelas mensais. O autor da proposta não esclarece, entretanto, se o valor cobrirá o curso integralmente ou de forma parcial.

Nota 1 – Bolsa Família, Bolsa Artista, Brasil Carinhoso, que coisa mais romântica, sei lá, não podia ter outro nome para não parecer tão assistencialista? Eu já fiz um curso de artes, acredito que a Bolsa Artista se for levada adiante não pagará meu tão sonhado curso de História da Arte, ou de desenho (se bem que acho que para eu desenhar só mesmo milagre, não curso). Vou ficar atenta, agora estou cursando produção cultural, mas este o Estado já cobre que é Faculdade Publica, mas produtor cultural nem é artista.

Nota 2: Depois de muitos dias postando sem justificar o texto, eis que Letícia do Blog Mais que  Sétima Arte me diz como eu posso fazer e praticamente na minha ultima postagem obrigatória da disciplina, posso inserir uma mensagem justificada. Claro, pretendo continuar postando, mas com o fim da disciplina Oficina de Comunicação e Escrita será que alguém vai continuar lendo? Isso eu só saberei com a continuidade do blog que eu espero que ele tenha, que daqui a um ano eu possa avaliá-lo e fazer um levantamento de quantas postagens, quantos visitantes, quantos comentários, mas por enquanto, essa é minha nota de encerramento. Fim do semestre na FACOM, início de mais uma nova fase.